CHOCOLATE: FOOD OR DRUG?

o chocolate pode ser considerado simultaneamente um alimento e droga, pela sua aparência hedónica (manteiga de cacau, açúcar, textura, aroma) e suas características. Contém metilxantinas (cafeína e teobromina, ambas estimulantes e com propriedades antioxidantes), aminas biogénicas (feniletilamina que induz um efeito neuropsicológico) e ácidos gordos canabinóides (n-acetiletanolaminas insaturadas que actuam directamente nos receptores canabinóides, simulando efeitos semelhantes a droga levando a estados de euforia, devido às semelhanças químicas e farmacológicas com a anandamida, ou aumentam os níveis desta). O chocolate pode funcionar como medicamento pois possui substâncias com efeitos farmacológicos apreciáveis, tem um papel importante na regulação de certos neurotransmissores envolvidos no apetite, fome, humor e comportamentos compulsivos (ex: serotonina/dopamina) e induz alterações hormonais nas mulheres. É consumido como forma de compensar a deficiência de nutrientes, de minerais, como o magnésio, e é considerado afrodisíaco cujo prazer é induzido pelo hipotálamo como um efeito da doçura e/ou alteração dos níveis de serotonina, estando muitas vezes associada a depressões.